30 de novembro de 2011



 “Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida."
Tati Bernardi

"Decidi esquece-lo. Amar é isso, não é? Abrir mão de si mesmo em função da felicidade do outro. E no fundo não ia dar certo mesmo. Justificativa e negação são sintomas do fim de qualquer coisa. Tinha que terminar um dia, não tinha? Então foi uma boa hora, porque ainda o amo. E é tão triste terminar quando já não se tem nem mais respeito pelo outro, a gente fica acabado, aquele sentimento de frustração, de que perdeu um tempão da vida. Mas viveu, ao menos. Justificativa e afirmação são sintomas de quem está no caminho de superar toda a história. Afinal, não havia planos pro futuro. A história toda não tinha futuro. E o futuro, uma hora tinha que começar. Sem ele, obviamente. Mas então eu pergunto, se só existem razões boas, se o amor é pra nos elevar, por que dói tanto?"

Bababá-bababá


"(...)Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan,depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma?”

CaioF.


"Parece incrível olhar quando já não se acredita no que se vê e não sentir dor nem medo porque já atingiram o seu limite."
CaioF.

29 de novembro de 2011


"Uma pessoa, quando tá longe, vive coisas que não te comunica, e tu, aqui, vive coisas que não a comunica. Então, vocês vão se distanciando e, quando vocês se encontrarem, vocês vão se falar assim: oi, tudo bom e tal, como é que vão as coisas? E aí ele vai te falar, por cima, de tudo que ele viveu, e, não sei, vai ser uma proximidade distante. Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra."
CaioF.
"Eles se amam. todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles."
Tati Bernadi
"Mas quero te contar umas coisas. Mesmo que a gente não se veja mais. Penso em você, penso em você com força e carinho.”
"Eu busquei a minha felicidade, fui até o meu limite, me esforcei até onde pude, e juro que tentei muito lutar por você..

28 de novembro de 2011


"Tenho sentido coisas inexplicáveis, carências incuráveis… Ninguém acredita, mas eu sou uma pessoa muito sozinha. Não pense que isso é ruim não, porque ruim é não sentir nada, a solidão faz parte. Tenho sentido uma vontade sobrenatural de ligar para alguém que já não me atenderia mais, tenho vontade de dizer que faz falta o que não vivi.
CaioF.


“Se lembra quando você chegou a me prometer que tudo seria eterno? Chegamos a acreditar de verdade, de que tudo seria pra sempre, que nem mesmo a saudade e os nossos desentendimentos iriam acabar com os nossos sentimentos. Mas você mudou, eu mudei, o mundo mudou e o que eu mais temia: a nossa história mudou. Mudou drásticamente, eu nunca esperei que seria assim, tão… frio. Tão vazio e sem satisfações. E pronto, acabou, cada um pro teu lado e que o tempo decida[…] Isso tudo foi tão hipócrita perto do que a gente tinha, era tudo tão bonito não era? Parecia que era tão verdadeiro. Mas o que vem fácil vai fácil. E eu tenho que admitir: te tive muito fácil, foi muito fácil pra me apegar a ti. E quando eu menos esperava acabou. Acabou do nada, sem explicações e sem soluços de choro, sem lágrima e ressentimento, nem o ódio sobrou, só faísca. Faísca de algo que eu pensava que era mesmo sentimento. Será? Não sei, não vou saber, não quero mais. Não hoje, não agora, nunca.” 

"Então delete tudo aquilo que não valeu a pena, quem mentiu, quem enganou seu coração, quem teve inveja, quem tentou destruir você, quem usou máscaras, quem te magoou, quem te usou e quem nunca chegou saber quem você é realmente.
CaioF.
    "-… Mais açúcar, por favor.
     - Está bom?
     - Mais, muito mais.
     - Oras, por que tanto?
     - Amarga já basta minha vida.

Crescer?


Desde pequena fantasiava tudo o que lia nos livros. Assídua frequentadora de bibliotecas, pegava algumas almofadas que havia no sofá e deitava-se no chão. A bibliotecária se encantava com a doçura e simplicidade da pequena. Ela não se importava com a aparência, se fazia sol ou chuva, ou como os outros a viam. Depois de engolir centenas de letras, chegava a hora de ir para casa. Todos os dias, o mesmo horário. Exatamente 18:00pm. “BIIIIIII”. Seu pai chegava para lhe apanhar, e lá ia a menina. Com a cabeça encostada no banco da frente e olhando janela afora, formulava cenas do último livro que havia lido. Quando chegava a casa, acompanhava a televisão. Seu pai vivia numa situação precária, raramente um vintém na carteira tinha. Dizia que leitura não era importante, coisas mais importantes devia ser feito. Ela aguardava ansiosamente pelo outro dia, quando retornaria novamente ao seu aconchego junto de seus melhores amigos. Porém, a monstruosa adolescência chegou, não mais criança, deveria se portar como mocinha, pernas cruzadas, bons modos e boas notas na escola. Crescer? Mas como se a jovem ainda se via pequena, se via preza naquele mundo. Ela sentia-se deslocada perto dos colegas. Enquanto os mesmos conversavam sobre sair festar, beber e fazer maluquices no meio da rua, ela só queria estar em qualquer biblioteca devorando livros. Mas erros foram cometidos. Deixou os livros. Ao invés de imaginar o sapo se transformando num príncipe, beijou o príncipe que virou o sapo. Assim toda a ingenuidade havia ido embora. O que lhe era encantamento, hoje se transformou em aborrecimento e tristeza. Ela podia ter continuado fantasiadora, leitora e criadora. Mas o tempo não deixou. Ela não se permitiu. Tristemente repete todas as noites. “Depois de tudo o que vivi e vi - minha escola da vida foram meus livros, ao invés de pessoas.” 
— Só sei que nós nos amamos muito…
 — Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
 — Não, eu falei no passado!
 — Curioso né? É a mesma conjugação.
 — Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?



CaioF.
"Tenha felicidade bastante para fazer a vida doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz."
Clarice Lispector



"Eu nunca gostei da matemática, das contas. Contas são exatas e os números se bastam por si só. Não há dúvidas, não há erro. O que é certo é certo, o que não está certo, é errado. A matemática e suas exatidões me cansam. Eu prefiro o mistério das letras, a incerteza das palavras e a beleza das poesias. Palavras não se somam, se completam."
"Bem. A vida segue, não sei como, mas é confortável pensar assim. Talvez eu esteja desafiando alguma lei da física, mas já tenho saudade de um futuro que não viverei."
“Muitas pessoas pousam, muitos amores possíves não vingam, muitas paixões não dão certo. Choro, me culpo, me arrependo, permito, desisto, persigo, corro, dou as costas, piso, sinto saudade, me precipito, telefono, me atraso. Sim, no mundo existem mil pessoas capazes de nos despertar amor, se a gente parar pra sentir.”
“Eu não sei se rosas vermelhas ou qualquer metáfora podem resumir o amor, mas quando penso em amor, vejo que ele deve ser transformador. Depois de você, eu mudei, isso é fato e como aconteceu ou quanto durou, não importa.” 

26 de novembro de 2011


AUSÊNCIA





Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
 Carlos Drummond de Andrade.

Despretensiosa. Eu finjo prestar atenção em diálogos enquanto estou presa em monólogos omitidos nas entranhas do encéfalo. Parágrafos matinais agem como despertadores, findo caminhando torta. Um lado pende para o cansaço enquanto o outro lado tenta soerguer-se. Distribuo olhares desdenhosos; durmo tentando pescar a coragem, sacudir a desídia quem sabe. Mas essa mania minha de apegar-se às coisas que não acrescentam me leva longe demais, estou sempre atrasada mesmo andando depressa. Sentimentos tortos ganham espaço enquanto a rotina devora-me.


Acostuma-se.
Ele vai e resolve aparecer, assim do nada, com palavras que ele sabe que de algum modo mexe com os meus sentimentos.
— Caio Fernando Abreu 

"Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"
.Caio Fernando Abreu

E você me inventou
E eu inventei você
E é por isso que nós não
Damos
Mais certo
           
— Charles Bukowski 


Não quero lembrar. Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam. (…) Agora já passou. Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido diferente.
"Essa não é mais uma carta de amor, são pensamentos soltos,
traduzidos em palavras, pra que você possa entender...
O que eu também não entendo." 
- E se pudesse escolher quem amar?
- Amaria a mim mesma.
- Nossa! Que egoismo. Por que?
- Amor próprio dói menos.

25 de novembro de 2011

Um amor...


Caio Fernando Abreu, o escritor gaúcho que faleceu há 15 anos, vítima de complicações decorrentes da AIDS, nunca esteve tão vivo. Seu sucesso parece tão vasto quanto sua obra. Ator, astrólogo, jornalista, roteirista, lavador de pratos, viajante, jardineiro, dramaturgo, hippie, mas acima de tudo um escritor, como ele mesmo definiu. Caio foi um pouco de todos os personagens de seus livros.

Caio ganhou prêmios e agradou à crítica literária. Teve amigos que foram ou que hoje são a alma da cultura do Brasil e morreu quando começava sua consagração. Em nenhum momento foi tão amado como é agora, por essa que chamam de Geração Y. Os jovens que conheceram Caio exclusivamente por meio de seus escritos, principalmente em frases soltas na internet, sentem como se tivessem descoberto, mais do que um escritor, um amigo, um igual. Parte deles mal conhece o rosto de Caio, sua história conturbada e intensa, seu amor incondicional à literatura, que o fazia viver quase tudo que escrevia: amam-no pelo que criou.

Ler Caio Fernando Abreu é como abrir um diário que nunca escrevemos, mas que revela tudo que sentimos e pensamos, tudo que queremos esconder dos outros e de nós mesmos. Este parece ser o diferencial de Caio: seus contos jogam-nos na cara coisas que não sabemos sobre nós mesmos, obrigam-nos a fazer uma limpeza interna, pensar sobre o que realmente somos e o que representamos ser. Terrivelmente crua e ao mesmo tempo amorosa e bela, a obra de Caio Fernando nos captura justamente por essas contradições.

Caio tornou-se um mito literário, “melancolicamente póstumo”, como bem profetizou.

Lute contra...


A liberdade e a justiça, são um bem que necessita de condições essenciais para que floresça, ninguém vive sozinho. A felicidade de uma pessoa esta em amar e ser amada. Devemos cultivar a vida, denunciando todos os tipos de agressões/violência sofridas.



“Eu devia ter me afastado na primeira mentira, não apenas eu, como todos deviam fazer isso quando se trata do amor, mas coração apaixonado é bobo, quando se trata do meu coração, é mais bobo ainda. Me sentir como ando me sentindo dói, e não dói pouco, dói demasiadamente, além de me sentir dominada por essa dor, me sinto sozinha. Penso agora em que se eu soubesse antes tudo o que tenho descoberto, sentido, eu teria embora antes de todo o final, no entanto, se eu desistisse no meio do caminho, qual valor isso teria? Eu deveria ter dado atenção a todos aqueles que me diziam que eu estava enganada, eles estavam certos, eu estava enganada, e cada dia, enganada mais a mim mesma. Nesse instante, o meu coração está completo de razões, e caso ele venha a falhar em minhas futuras caminhadas, me lembrarei: a dor não presta, e tudo isto também não.”



"É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar. Talvez você ainda possa pular no rio e me salvar. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia”.
CaioF.

24 de novembro de 2011



"porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como ‘sempre’ ou ‘nunca’. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como ‘não resistirei’ por outras mais mansas, como ‘sei que vai passar’. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."
- CaioF.
"Literalmente: (sus)penso em passos de (mu)dança."
- Marla de Queiroz

23 de novembro de 2011


"Que as dificuldades que eu experimentar ao longo da jornada
não me roubem a capacidade de encanto."
Ana Jácomo


"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir."
Ana Jácomo


Finalmente, ela aprendera.


“Abriu os olhos e respirou fundo. Realmente estava desgostosa de levantar dali. Mas, mesmo assim, como em todas as manhãs, murmurou para si mesma: é um novo dia. Não sabia exatamente do que estava tentando se convencer dizendo aquilo. Não podia mais fugir do mundo… não, não outra vez. Deixou os pensamentos jogados no colchão, e se levantou abruptamente. Tiraria o dia para a faxina. Pintou as paredes de amarelo, aquele branco vazio e nostálgico sumiu, e uma vez por todas. Varreu a casa, e não se esqueceu de limpar todos os vestígios de decepções marcadas em seu pequeno coração. Reorganizou os armários, e expulsou quem fazia tanta bagunça por ali. Trocou as lâmpadas, com uma esperança de que as luzes se renovassem. Regou as rosas do jardim. Delicados botões de rosas cor de chá despontavam. Tomou demorados goles de café. Rastros das juras de amor feitas em tempos passados que rondavam pela sua boca, enfim desapareceram. Trocou a roupa de cama e sumiu com as lágrimas já secas de noites solitárias. Já era hora de outros tempos virem. De limpar o coração, de arrumar a casa. Já fazia tempo que o furacão havia passado, e ela, sinceramente, não precisava mais remoer todas aquelas memórias. Dali para frente tomaria conta de si mesma.
‘Querida felicidade, não seja tão passageira como o vento. Não me esquente e depois me deixe para trás, no rigoroso inverno, novamente. Venha, me habite. Vamos, se apresse. Não temos mais todo o tempo do mundo’.

Finalmente, ela aprendera. Não bastava só não querer mais sofrer para esquecer. Páginas não podiam ser viradas sem que uma valiosa lição fosse aprendida. Sem que finalmente nada nos importe. Sem que estejamos prontos para tomar conta de nós mesmos.”





Eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro. Acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso".
 Marla de Queiroz

 Eu sou assim, ligada na tomada. Sempre querendo encontrar uma razão pra tudo. Pessoas como eu sofrem mais. Se decepcionam mais. Por outro lado, crescemos. Evoluímos. Amadurecemos. Nada é estático em nossas vidas. Nada é à toa. Tudo ganha uma compreensão, tudo é degrau, tudo eleva.”
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.
Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Clarice Lispector

Quando são três...


“Sempre acreditei que toda vez que a gente entra numa igreja pela primeira vez, vê uma estrela cadente ou amarra no pulso uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim, pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: amor”.
CaioF.

22 de novembro de 2011

"Tudo passa. Nada permanece inalterado. Nada permanece o tempo todo, do mesmo modo, no mesmo lugar. Inclusive aquilo que gostaríamos que não passasse nunca. Aprendi, embora tantas vezes esqueça e as circunstâncias me convidem a relembrar, que a ordem natural das coisas é a fluência, o movimento. O fechamento de um ciclo e a inauguração de outro."
Ana Jácomo